Não basta ensinar ao homem uma especialidade. Porque se tornará assim uma máquina utilizável, mas não uma personalidade. É necessário que adquira um sentimento, um senso prático daquilo que vale a pena ser empreendido, daquilo que é belo, do que é moralmente correto. A não ser assim, ele se assemelhará, com seus conhecimentos profissionais, mais a um cão ensinado do que a uma criatura harmoniosamente desenvolvida. Deve aprender a compreender as motivações dos homens, suas quimeras e suas angústias para determinar com exatidão seu lugar exato em relação a seus próximos e à comunidade.
Esta dupla ação, de extrema importância, arrancar as más raízes e implantar nova moral, constituirá a vida social da humanidade. Aqui a ciência não pode nos libertar. Creio mesmo que o exagero da atitude ferozmente intelectual, severamente orientada para o concreto e o real, fruto de nossa educação, representa um perigo para os valores morais. Não penso nos riscos inerentes aos progressos da tecnologia humana, mas na proliferação de intercâmbios intelectuais mediocremente materialistas, como um gelo a paralisar as relações humanas.
A arte, mais do que a ciência, pode desejar e esforçar-se por atingir o aperfeiçoamento moral e estético. A compreensão de outrem somente progredirá com a partilha de alegrias e sofrimentos. A atividade moral implica a educação destas impulsões profundas, e a religião se vê com isto purificada de suas superstições. O terrível dilema da situação política explica-se por este pecado de omissão de nossa civilização. Sem cultura moral, nenhuma saída para os homens.
Na chuva de vaidades, comportamentos que caibam bem Em hierarquias inferiores, ponderar opiniões cabíveis Sem rosto... o vazio por não ser você Quando controlado, esconde a frustração Mas em controle impõe as mesmas condições
Quem pode ser alguém neste vazio funcional? Quantos salários vão calar a sua opinião? Normas de conduta sem respirar Acomode a angústia só mais uma vez
Guardando a própria lágrima, vendo o outro chorar O que não pode ser explicado nesse amor que faz matar, que faz morrer Couraças em regras... a dança por Poder
O vazio de não perceber O vazio de nunca entender...
Complacência - disposição em atender os desejos de outrem para agradar.
Resiliência - capacidade de restaurar o seu estado original após um grande impacto.
Apego - não querer abrir mão de um desejo, idéia fixa, exigência de resultados pré-determinados. Falta de força.
Vaidade - desejo de querer provocar uma influência positiva na imagem que as outras pessoas tem de você. Ou, desejo de atrair para si a admiração dos outros. Ou, auto-proclamar-se superior. No fundo, medo de descobrir-se falho.
Orgulho - variação da vaidade. Arreio que bloqueia a execução de uma tarefa que deve ser feita.